Switch chut one foot - foto: Lincoln
Bem... dizer que Danilo Joaninha dispensa apresentações neste nosso pequeno universo de skatistas de ladeira poderia ser... mas penso em ir mais longe, levar este impressionante domínio para ser visto aos "4 cantos do mundo", pois é bonito demais!
Este talentoso das ladeiras vive o skate em sua vida como se fosse seu "primeiro amor" e tem este lifestyle para seu hobby e divertimento.
Dani anda de skate porque ama de verdade e não espera nada em troca ou recompensa, porque como uma pessoa a frente, entende que precisamos ainda sofrer muitas transformações para que talves um dia atletas também de sua modalidade DHS possam além de serem reconhecidos, também viver do skate.
(por :Daniela Ribeiro).
Confira agora as perguntas dos "skaters convidados" e o que o Danilo tem a dizer a respeito:
1-) Qual é a sua opinião sincera sobre todos que os órgãos que administram o skate no Brasil e deixam a desejar, e o que você acha que os skaters que são os mais prejudicados, deverião fazer sobre esse descaso? ( Rafael Massucci "Massa").
Joaninha - Fala Massa um grande abraço à você, sinceramente os órgãos que administram o skate hoje no Brasil não contribuem diretamente no desenvolvimento da modalidade, deixando claro que é meu ponto de vista tenho a seguinte opinião as organizações trabalham em prol do esporte no qual skate mais tem um detalhe, andamos de downhill e quando se trata de downhill é tudo mais complexo, reconheço uma grande evolução de anos atrás, a modalidade cresceu, mas não sai do lugar, não dá pra entender muito, a evolução existe mais não muda nada é assim à 8 anos desde quando comecei a derrapar roda, não adianta exigir apenas que os eventos tenham uma estrutura gigante, energéticos e grades e premiações medíocres, falta reconhecimento, respeito, falta rever as prioridades, já os skatistas tem que continuar respirando skate e fazendo da melhor forma olhando pra frente sem aceitar migalhas não esqueça somos os protagonistas sem nós não dá pra existir marcas, lojas, órgãos.
F/s Lay back foto: Lincoln
2-) Joaninha me lembro bem , a alguns anos atrás você mais efetivo nos campeonatos de downhill . Por onde andas , desencanou ou mudou seu foco? ( Ilton Tata).
Joaninha - Grande Tata espero que esteja bem! Parabéns pelo evento animais, obrigado pela lembrança me recordei agora que conheci você em 2006 em uma etapa da barriga da velha na qual foi minha primeira competição oficial como mirim, sempre fui muito efetivo nas competições, aliás foram quase 8 anos competindo sem férias, e graças a Deus não desencanei apenas diminui o ritmo mediante a necessidade, vivi do skate durante 5 anos com apoio de marcas que me fortaleceram viajei pra fora do país, já ganhei já perdi e hoje vivo uma realidade diferente tenho os meus pés do chão. O mercado skateboard exclusivamente downhill é bem complicado existe restrições, hoje em dia levanto as 5 da manha trabalho e chego em casa as 19 horas tenho skate no pé e no meu coração é um sonho de criança e jamais vou parar de sonhar, não faço mais questão de competir hoje eu quero andar de skate com os amigos e evoluir.
Ladeira Twoutwou quintal da casa do Dani.
3-) Como você enxerga a cena do DHS atualmente? E como você pode contribuir para o crescimento da modalidade? (Marcos Durango).
Joaninha – Fala Durango, eu vivo esta cena, temos um grande potencial porém não temos uma cultura que impulsione, podemos evoluir impressionar quem vê, mas para evolução da cena temos que correr, mais do que andar muito ou tirar uma manobra que ninguém tira, tem que ter trabalho, correr atrás, divulgar, viajar, ser inteligente nas escolhas não podemos aceitar esmolas temos que correr atrás dos grandes ser ousados, eu sempre trabalhei minha imagem levando a bandeira do downhill slide no peito tudo que fiz e o que deixei de fazer foram as minhas formas de trabalho, acredito que o downhill slide terá o devido valor, mas vai ficar para os meus filhos disfrutarem.
Switch nose slide
4-) Joaninha, como você vê o papel da sua geração no cenário do Downhill em geral?( José Birinha).
Joaninha – Grande Birinha fica aqui a minha admiração sobre o teu estilo de andar de Switch foi minha inspiração desde criança.
Estamos fazendo história em nível de performance é uma grande geração que está dando sequência de um ciclo de trabalho que foi feito por nomes que não deixaram o downhill morrer, a minha geração é cercada por vários monstros: Loirinho, Alemão, Tabajara, Kung Law entre vários que andam e evoluem a mais de 8 anos, temos que manter a postura e elevar ainda mais o nível, espero que venha mais depois de nós, vejo a molecada hoje do mirim e enxergo um grande futuro, eles irão evoluir vendo vídeos no youtube, hoje em dia é bem mais fácil, é só digitar e ter disposição para aprender.
Argentina- Mendoza Cordilheira dos Andes
5-) Qual a conquista pessoal mais importante que o "skate" te proporcionou? (Thiz Bertoni)
Além de me tornar um formador de opinião me ensinou que a vida não é fácil, que nem tudo sai exatamente do nosso jeito, cair e levantar são os princípios, como diz a lenda Chorão “A vida te pede mais a vida não te dá” todos os dias quando ando de skate vivo um grande sonho de criança, viajei para Mendoza Argentina onde os pés das Cordilheira dos Andes com a bandeira do Brasil em uma das mão e na outra o skate, vivi um filme da minha vida em segundos muita emoção e uma energia incrível e tenho certeza que tenho muito pela frente, mais sensação igual não há! Nunca sonhei tão alto, agradeço a Deus pela oportunidade de conhecer o skate, se vive apenas uma vez.
180 Air- Niterói
6-) O que você acha de ter novos juízes e novos skatistas profissionais? (Carlos Piu)
Joaninha - Salve Piu, é necessário a modalidade é carente de juízes temos sim bons juízes mais poucos, é preciso ter uma rotatividade no quadro de árbitros mediante as competições, existe um padrão de julgamento, mais cada um tem sua linha de raciocínio, já julguei alguns campeonatos e acredite não é fácil quanto parece. Referente a novos skatistas profissionais é simples a maioria dos amadores tem que passar para o profissional urgente fazendo assim os iniciantes para amador e assim seguindo, respeito muito o comitê sei que existem regras, exigências, mais estamos morrendo de novo, temos um mercado bem difícil com oportunidades remotas, hoje eu conto nos dedos quem realmente vive do skate downhill a realidade é bem diferente nem tudo é o que parece, temos que levantar o profissional acreditar na molecada e ir pra cima, somos pioneiros do skate nem todos assumem isso estou chegando agora na humildade mais na moral, "ando de downhill e não pago pau pra ninguém"!.
Dani com sua mãe Ilda.
7-) Qual o equipamento que você usa e qual a ladeira de sua preferencia?( Luciano PT)
Joaninha - E aí Pt como que vai essa força? Meus equipamentos são Shape Old School, Truck Independente indy 149m, roda Bones 62mm, rolamento Abc7 Koston.
A minha ladeira preferida é o quintal de casa Twotwouo “the best”, entre algumas históricas como ladeira da morte e a ladeira de Guaratinguetá onde rolou uma Etapa do Drs em 2009.
8-) Uma parceria visivelmente de sucesso por que acabou! Qual foi o motivo da sua saída da Surfavel?
(Daniela Ribeiro).
Joaninha - Foi sim uma parceria de sucesso, acreditaram no meu trabalho saí pela porta da frente não tem exatamente um motivo foi o fim de um ciclo, a Surfavel tem outros objetivos à alcançar eu só não estava no planos atuais, foram mais de 2 anos de parceria eu sempre acreditei e acredito a marca é irada, fizeram por mim e fiz muito por eles, foi uma troca de favores em que todos ganharam!
Fico um pouco triste em não fazer mais parte de certa forma, mas sei que tenho carta branca e deixei uma porta aberta, sigo tranquilo aberto a novas propostas com outras marcas, “O bom filho à casa torna”.
Santiago Chile
9-) Pela sua enorme experiência no downhill como você imagina a modalidade em 10 anos? (Skate Mundo)
Joaninha – Não consigo imaginar ao certo más tenho fé em Deus que vai ser bem melhor, meus filhos ou talvez ou filhos dos meus filhos terão o devido valor no downhill, a evolução existe mais é só, muita coisa pra mudar e leva tempo talvez mais que 10 anos.
10-) Como vc conheceu o DHS? (Thiago Cocó)
Fala Cocó! Um grande abraço para você meu irmão! Conheci o DHS vendo a galera do saúde entre Andrei Amendoim, Renilson Carranca foram os que me apresentaram a modalidade, me lembro como ontem vendo os caras derrapar roda a milhão criei um extinto de querer fazer igual, comecei no street mais logo migrei para downhill e hoje carrego a bandeira do slide e sigo acreditando, infelizmente não cheguei na época pra ter a honra de te ver andar mais sua historia me motiva até hoje tenho este legado não só no skate e sim pra vida inteira você é a historia do downhill, fico feliz em continuar uma historia na qual lutou pra erguer.
10-) Danilo Joaninha deixe seu recado:
Joaninha -" Viva a vida sem deixar nada para trás, leve sua família na mente, os seus amigos no coração e um sonho na mão. Acredite no improvável, busque um novo caminho todos os dias, se prepare para perder e se surpreenda com a vitória, jamais deixe de sonhar."
Vagabundo do skate não tem pra ninguém, um salve pra família Skateboard!
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